Visando o Norte Fluminense, Estado terá projeto-piloto para testar a viabilidade de usinas eólicas offshore
O Estado do Rio fará um projeto-piloto para testar a viabilidade da implantação de usinas eólicas offshore – o primeiro do país. A Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar, que coordena o trabalho, reuniu lideranças de mais de 20 empresas e associações dos segmentos de óleo e gás, logística portuária, geração de energia e indústrias para discutirem a criação do modelo na região Norte Fluminense
Segundo levantamento do Portal Goytcazes, atualmente há nove projetos de energia eólica offshore em estudo pela iniciativa de privada em Campos, Macaé, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana. Recentemente, o Governo do Estado do Rio e a TotalEnergies assinaram um Memorando de Entendimentos (MoU, na sigla em inglês), uma atuação em conjunto para o desenvolvimento da geração eólica offshore no estado. O acordo, fixado em dois anos, marcou a colaboração entre o estado e a empresa nos estudos relacionados aos incentivos fiscais, tributários e à expansão para futuros projetos.
– O Estado do Rio de Janeiro aponta para o futuro, que inegavelmente está na transição energética para uma matriz de baixo carbono. Temos um compromisso com a preservação do meio ambiente, com a descarbonização da economia. A formação do Grupo de Trabalho para o desenvolvimento do projeto-piloto da usina eólica offshore confirma nosso compromisso e nosso protagonismo na transição energética nacional – afirmou o governador Cláudio Castro.
Durante a reunião, o secretário de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal, falou sobre a importância do projeto. E destacou ainda que uma das pautas prioritárias do Grupo de Trabalho da secretaria é a questão regulatória. A equipe técnica auxiliará e acompanhará o desenvolvimento de projetos que hoje tramitam no Congresso Nacional.
– O projeto-piloto é imprescindível para a avaliação, dentro de um ambiente controlado, de fatores como a viabilidade tecnológica, a redução de custos e as potencialidades para o desenvolvimento de projetos em larga escala. Poderemos fazer a medição dos ventos, verificar a capacidade de geração de energia, o desempenho das turbinas, assim como questões relacionados à fauna e à flora marinhas. Com a implantação de eólicas offshore, damos também um passo para a produção de hidrogênio de baixo carbono – explicou Hugo Leal.
O subsecretario técnico de Energia e Economia do Mar, Felipe Peixoto, destacou que Rio de Janeiro reúne diversos fatores que colocam o estado em vantagem competitiva com outras regiões do país.
– Temos enorme potencial para a geração de energia limpa. O Rio de Janeiro é o estado com a terceira maior costa do país, são 636 km. Temos ventos constantes e experiência em offshore acumulada ao longo de 50 anos com a indústria de óleo e gás, além de infraestrutura portuária – afirmou Peixoto.
*Com informações do Governo do Estado