Vencedor do Prêmio Jabuti marca presença na Festa Literária Sanjoanense
O terceiro e penúltimo dia da Festa Literária Sanjoanense (Felisan), na segunda-feira, 13, foi marcado por uma intensa e variada programação e contou mais uma vez com a presença de um grande número de pessoas, incluindo estudantes de todo o município. Entre os destaques, palestras com o reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF), Jefferson Manhães, que abordou o tema “Cultura, educação e tecnologia: conectividades para o futuro”, e do escritor e ilustrador Júlio Emílio Braz.
Vencedor do Prêmio Jabuti em 1988 com o livro infantojuvenil Saguairu, Júlio Emílio Braz falou para uma plateia formada em sua maioria por alunos e professores da rede municipal sobre o caminho que o levou ao mundo da literatura, se tornando um escritor premiado. A importância da realização de eventos literários também foi destacada pelo escritor.
No palco Carapito e no espaço “Goiabada Cascão”, áreas direcionadas dentro da estrutura do evento ao público infantil, aconteceram a contação de história “O Casamento na restinga”, a apresentação “Embarcando na arca”, musicalização infantil, peça teatral “Como salvar o Rio Paraíba do Sul” e oficinas de desenho e maculelê. Direcionada ao púbico de diferentes idades, outras oficinas, como xadrez, grafiti e mangá foram realizadas durante o dia.
Destaque dentro do Centro Histórico de São João da Barra, a Antiga Casa de Câmara e Cadeia (Casa de Cultura João Oscar do Amaral Pinto) integra a estrutura da Felisan. No terceiro dia, aconteceu no espaço visita guiada “São João da Barra: história e memória”, além da sessão de cinema audiodescritivo com o filme “Catadora de gente” e exibição de “Ainbo – a menina da Amazônia”.
A Bicicleta Literária, na tenda da Biblioteca Municipal, rodas de conversa e bate-papo sobre “Uma outra visão de mundo – inclusão e diversidade”, “Filosofia na consciência negra”, palestra “Quilombolas de Barrinha – segredos e resistência no antigo sertão sanjoanense”, encenação da peça teatral “Os saltimbancos”, palestra sobre a Lei Nacional de Incentivo à Cultura – Publicação de livros e apresentação da banda musical Amédio Venâncio da Costa, intitulada “Para ver a Banda Passar”, completaram a programação durante o dia.
À noite, se apresentou a banda União dos Operários e, no Café Literário realizado no Palco Carlos Sá, foi lançado o livro Poesia ao Vento Nordeste – Todas as Faces do Amor, reunindo textos de 11 de poetas de São João da Barra: Alexandra Souza, Ana Lúcia Rodrigues, Domingos Vieira, Fernandes Marques, Gabriela Hintz, Izabel Gregório, Jurema Rosa, Melyssa Gregório, Mônica Terra, Nelma Fernandes e Sandra Moore. Fechando a noite, apresentação musical com Eliandro Cardoso.
Revista – Dentro do Café Literário, foi lançada pela professora e poeta Melyssa Gregório a revista “Siminina”. Com conteúdo diversificado e entrevistas com personalidades sanjoanenses, a publicação foi inspirada em outra revista, “Psiu”, que circulou em São João da Barra na década de 1980 e foi idealizada e publicada pelo literata Alberto Simões. A revista e Alberto Simões foram temas de uma explanação da escritora e historiadora Tania Aquino no Café Literário. Quanto ao nome da nova revista, sua autora explica. “Siminina um chamamento característico da praia de Atafona e assim eu era acolhida pela diretora da Escola Municipal Amália Soares de Almeida, Dircélia Amaral, quando iniciei minha trajetória profissional como professora concursada da rede pública municipal. O nome é, portanto, uma homenagem a Dircélia”, disse Melyssa.
Fonte: Ascom
