Economia

Veja como se preparar para a concorrida prova dos Correios

O próximo concurso dos Correios terá 3.468 vagas, como salários de até R$ 6.872,48, para todas as regiões do Brasil. A informação foi divulgada na semana passada, por meio de um documento que a empresa pública elaborou para atrair bancas interessadas na organização do processo seletivo. A estimativa é que as avaliações sejam aplicadas até novembro. Portanto, faltando poucos meses para a aplicação das provas, o EXTRA ouviu professores de cursos preparatórios para saber o que os candidatos devem priorizar nos estudos.

Como o edital ainda não foi divulgado, Douglas Oliveira, mentor do Direção Concursos, sugere que os concorrentes foquem nas disciplinas básicas.

— É fundamental que o candidato adquira o máximo de conhecimento nas disciplinas básicas, de Português, Matemática, Raciocínio Lógico e Informática, para que, quando ocorrer a publicação do edital, ele esteja livre para estudar as demais — diz Douglas Oliveira.

Segundo a empresa, a maioria das vagas (3.099) será para o cargo de agente dos Correios, que exige nível médio, com salário inicial de R$ 2.429,26. De nível superior, serão 369 postos de analistas, com rendimento de R$ 6.872,48. As provas dos dois cargos deverão ter 120 questões — de Conhecimentos Básicos (40), Complementares (30) e Específicos (50) —, e as opções de respostas deverão ser “Certo” ou “Errado”.

— Provas nesse formato costumam ter um erro anulando um acerto. Para não correr o risco de perder a questão, o ideal é que o candidato deixe em branco o item — orienta Thiago Nicol, professor do curso Degrau Cultural.

Para Sacha Mello, também do curso Degrau Cultural, a prática é a melhor aliada.

— Pegar a teoria é superimportante, mas usar nas questões também. Não existe a possibilidade de o candidato estudar para concurso sem resolver questões — explica a professora.

Candidatos de nível médio farão só prova objetiva
Dentro do cargo de agente dos Correios, os selecionados trabalharão como carteiros, operadores de triagem e transbordo, atendentes comerciais e no suporte. Já a posição de analista contemplará administradores, advogados, analistas de sistemas, arquitetos, bibliotecários, contadores, economistas, engenheiros, estatísticos, museólogos, pedagogos e psicólogos, entre outros.

Com relação às questões específicas, haverá ainda uma prova discursiva, abordando temas da atualidade.

— A melhor forma de se preparar para a discursiva é desde já ir treinando e praticando para aprender o formato. Em cursos preparatórios, um bom professor vai direcionar os alunos para temas da atualidade mais plausíveis de serem cobrados na prova. E, para escrever bem, é preciso ler muito e praticar porque na prova (o candidato) precisa ter agilidade suficiente para escrever no tempo permitido e ainda responder às questões — diz Oliveira.

Para Eduardo Cambuy, professor do curso Gran Concursos, a quase privatização dos Correios terá influência sobre o tema da prova discursiva deste concurso.

— A expectativa é que o tema da redação seja de aspectos mais atuais, especialmente sobre a importância do papel institucional do analista dos Correios no serviço público. Precisamos lembrar que é uma instituição que teve grandes riscos de ser privatizada — opina.

Candidatos podem fazer duas avaliações
As provas serão realizadas em dois horários: para os cargos de ensino médio, na parte da tarde, e para os de nível superior, na parte da manhã. Dessa forma, os candidatos poderão concorrer a mais de uma posição.

De acordo com o professor Cambuy, os concorrentes quem forem disputar as duas modalidades precisarão ser estratégicos e saber qual das duas provas priorizar na hora dos estudos. Se o candidato tem mais possibilidade de aprovação para o nível médio, ele não deve priorizar o superior. Da mesma forma, se chances estão no superior, ele deve se concentrar na prova de formação específica. E não estudar para os dois ao mesmo tempo — afirma o professor.

Já Oliveira adverte que esses concorrentes podem chegar mais desgastados para as provas do segundo turno.

— O ideal é que o foco seja a prova que será realizada pela manhã, para que o candidato possa ir à seleção da tarde mais tranquilo. Se o foco do candidato é o cargo da tarde, é preciso pensar duas vezes se vale o desgaste — avalia o especialista.

— Teremos 120 itens (questões) para ambos os cargos. No caso do nível superior, uma redação também será cobrada. O candidato deve fazer as duas provas somente se estiver bem e se preparando com simulados nesse formato de dois turnos — aconselha o professor Thiago Nicol.

Fonte: Extra