Sindipetro afirma em coletiva que cinco trabalhadores continuam internados
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro) divulgou que cinco trabalhadores vítimas de uma explosão na Plataforma PCH-1, na Bacia de Campos, no dia 21 de abril de 2025, continuam internados em um hospital particular de Macaé.
Entre eles, um trabalhador que estava da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), deixou a unidade e se recupera no quarto. Ele teve queimaduras de terceiro grau. “Três dos internados têm previsão de alta ainda para esta semana e dois devem continuar por mais tempo”, informou o coordenador geral do Sindipetro, Sérgio Borges.
Segundo Borges, dois diretores do sindicato compõem a Comissão de Análise de Investigação sobre as causas da explosão, encabeçada pela Petrobras. “Estamos participando de reuniões, analisando documentos, vendo imagens, analisando dados de computadores e eles vão embarcar na quarta-feira para ver a condição da plataforma de perto”, explicou.
A PCH-1 está interditada desde o dia da explosão, quando 34 trabalhadores saíram feridos – de acordo com o Sindicato – e 17 ficaram internados. “Nós pedimos para que todos os trabalhadores desembarcassem e fossem avaliados por médicos e psicólogos porque sabemos que existe o estresse pós-traumático. Não há previsão de quando voltem a embarcar”, falou.
Os trabalhadores são moradores nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais. Foi o primeiro acidente que eles teriam se envolvidos, segundo dados do Sindicato.
Apesar da interdição, 59 homens trabalham na plataforma, que tem capacidade para 177 pessoas. Eles atuam após o acidente para recuperar a comunicação e outros danos sofridos.
Suspeitas
A suspeita da causa do acidente é que uma tubulação se rompeu provocando vazamento de gás e o incêndio. As válvulas foram fechadas para evitar novos acidente, segundo o sindicato, os danos ainda não foram reparados. O Sindicato destaca a possibilidade de sucateamento da plataforma de produção de petróleo e gás que tinha sido vendida pela Petrobras para uma empresa particular. O valor e os dados do contrato de compra e venda são sigilosos.
Segundo o Sindicato, a Petrobras assumiu a investigação do acidente e a empresa particular não se envolve nos trabalhos.