Segunda temporada de “The Last of Us” mistura brutalidade, luto e gancho polêmico
A segunda temporada de “The Last of Us”, série baseada no aclamado jogo da Naughty Dog, estreou em abril de 2025 e chegou ao fim no último domingo, dia 25 de maio, deixando fãs e críticos divididos entre elogios à profundidade dramática e críticas a escolhas narrativas arriscadas. A produção, disponível na HBO e no streaming Max, adapta apenas uma parte dos eventos de “The Last of Us Part II”, mantendo a atmosfera sombria do universo pós-apocalíptico, mas com algumas mudanças em relação ao game original.
A temporada começa cinco anos após os acontecimentos da primeira, mostrando Ellie e Joel tentando reconstruir suas vidas na comunidade de Jackson, Wyoming. Joel, agora mais velho, se transforma em uma figura de apoio para a comunidade, enquanto Ellie, rebelde e aventureira, enfrenta novos perigos e desafios emocionais. O relacionamento entre os dois está abalado, principalmente depois que Ellie descobre a verdade sobre o massacre no hospital dos Vaga-Lumes e a mentira de Joel. A chegada de Abby, uma nova personagem movida por vingança contra Joel, muda drasticamente o rumo da história. Abby é a filha do médico morto por Joel no hospital, e sua presença desencadeia uma série de eventos violentos que colocam todos os personagens em confronto direto com seus próprios demônios internos.
A segunda temporada é marcada por mortes impactantes, com Joel sendo assassinado logo no início, em uma cena brutal que chocou o público. A partir daí, Ellie mergulha em uma jornada de vingança, acompanhada por Dina, sua nova paixão, e confrontada por personagens como Tommy, que assume um papel central na trama. Outros personagens novos, como Jesse e Isaac, também ganham destaque, enquanto Abby e seus amigos da WLF trazem um contraponto ao protagonismo de Ellie. A série explora temas como vingança, perdão, sobrevivência e as consequências das escolhas em um mundo onde a violência parece ser a única linguagem possível. As cenas de ação são intensas, com criaturas infectadas ainda mais assustadoras, mas a crítica aponta que a recorrência desses ataques pode ter se tornado previsível ao longo dos episódios.
O último episódio da temporada, intitulado “Convergência”, deixou o público confuso e insatisfeito. O roteiro opta por um gancho narrativo questionável: em certo momento, parece que Abby mata Ellie, mas trata-se de uma isca para o público acreditar em uma morte que não acontece, e a história volta no tempo para mostrar a chegada de Ellie e Dina a Seattle, agora sob o ponto de vista de Abby. O episódio termina de forma abrupta, sem uma conclusão clara, apenas preparando o terreno para a próxima temporada. Críticos destacam que, apesar do elenco brilhante, a temporada peca ao abrir mão da crueldade e da consistência narrativa do jogo original, dando espaço para um tom mais inocente e menos impactante do que o esperado.
Apesar da queda na audiência do último episódio, “The Last of Us” segue como uma das produções mais comentadas do ano. A série mantém o foco nos dramas íntimos dos personagens, explorando temas como sexualidade, luto e busca por redenção. A expectativa agora é para a terceira temporada, que deve adaptar o restante dos eventos de “The Last of Us Part II” e responder às perguntas deixadas em aberto pelo final polêmico da segunda temporada.
Em resumo, a segunda temporada de “The Last of Us” entrega cenas de ação intensas, performances emocionantes e uma exploração profunda dos traumas dos personagens, mas divide opiniões ao optar por um final confuso e menos impactante do que o esperado, deixando o público ansioso pelo que vem pela frente.