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Samba na Praça comemora 8 anos e homenageia Bida Leão, um dos fundadores morto no mês passado

O aniversário de oito anos do Samba na Praça, considerado o maior e mais democrático evento cultural de Campos, foi marcado pela emoção. Além de um bolo em referência à data, o grupo fez uma homenagem a um dos fundadores do evento, Alcebíades Leão, o Bida, que morreu no mês passado.

O grupo estendeu um cartaz com a foto de Bida e versos da canção “Não deixe o samba morrer”, sucesso na voz de Alcione. Abaixo, os dizeres: “Uma homenagem ao nosso eterno diretor”.

“Está sendo um desafio continuarmos sem ele, mas não tenho dúvidas de que continuar é a maior homenagem que poderíamos fazer. Ele lutou muito por este evento e vamos continuar seu legado”, discursaram os integrantes, sob forte emoção dos parentes que acompanharam a homenagem.

Quebrando o protocolo, o grupo tocou em seguida a música “Firma a cadência”, de autoria deles e que tradicionalmente encerra os trabalhos da roda de samba. Eles também fizeram uma pausa para cantar parabéns em frente a um bolo de aniversário nas cores azul e branca do grupo.

Um dos mais queridos fundadores do tradicional Samba na Praça, Acebíades Leão, conhecido como Bida, morreu em 25 de julho, vítima de um ataque cardíaco. Seu último samba foi o show de Moacyr Luz no Teatro Sesc Campos.

Designer gráfico, Bida era natural do Rio de Janeiro e se mudou para Campos a trabalho na década de 2000. Logo enturmou-se com os sambistas locais, em especial no Morrinho, berço do samba campista. E para onde, invariavelmente, ele estendia a festa realizada todo terceiro domingo de cada mês nos Jardins do Liceu. Seu corpo foi velado na quadra do Bloco de Samba Os Psicodélicos, no Morrinho, no qual era diretor.

O Samba na Praça tornou-se um catalizador de outras rodas da cidade e entrou para o calendário cultural oficial via lei municipal. Semana passada, a Câmara de Vereadores reconheceu o Samba na Praça como de relevante interesse Histórico, Cultural e Social para o município.