Recusa do Flamengo em assinar manifesto contra racismo gera controvérsia
O Flamengo, um dos principais clubes de futebol do Brasil, encontrou-se no centro de uma polêmica recente ao decidir não assinar um manifesto conjunto da Libra, Liga do Futebol Brasileiro, contra as declarações racistas do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez. A decisão gerou forte reação nas redes sociais e entre os torcedores, que consideraram a atitude do clube como “vergonhosa” e “falta de visão”
A controvérsia começou quando Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, comparou a ausência de clubes brasileiros na Libertadores a “Tarzan sem Chita”, uma analogia considerada racista e preconceituosa pelos clubes brasileiros. Essa declaração ocorreu após um incidente de racismo envolvendo o jogador Luighi, do Palmeiras, em um torneio sub-20.
O Flamengo justificou sua recusa em assinar o manifesto afirmando que as relações institucionais com a Conmebol deveriam ser conduzidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entidade que representa oficialmente os clubes brasileiros nos torneios sul-americanos. Além disso, o clube reafirmou seu compromisso no combate ao racismo, destacando que está finalizando ajustes jurídicos para incluir uma cláusula antirracismo em seu estatuto.
A decisão do Flamengo gerou críticas de outros clubes e torcedores, que consideraram a atitude como uma falta de solidariedade e sensibilidade em relação ao combate ao racismo. O comentarista Gustavo Zupak chamou o Flamengo de “individualista e egoísta” por não se juntar ao manifesto. Nas redes sociais, o termo “vergonhoso” foi amplamente utilizado para descrever a postura do clube.
A recusa do Flamengo em assinar o manifesto contra o racismo da Libra expôs o clube a uma onda de críticas e questionamentos sobre sua postura em relação ao combate ao racismo. Embora o clube tenha reafirmado seu compromisso com a causa, a decisão foi vista como uma oportunidade perdida para mostrar solidariedade com outros clubes brasileiros em um momento crucial.