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Recorde de calor já impacta preços de alimentos; cerveja e pão também podem aumentar

Efeito do fenômeno El Niño, os sucessivos recordes de temperatura – que começaram no fim de semana e têm previsão de se estender até o próximo domingo – poderão afetar também o bolso do consumidor. As fortes chuvas de setembro e o calor de outubro e novembro prejudicaram a produção na região Sul e Sudeste, e alguns produtos já sofreram aumentos, como arroz (10,2% no ano) e feijão (3,2% em setembro), segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Nos supermercados de Campos, o quilo do feijão tipo 1 de algumas marcas já está saindo por até R$ 7,83 (Super Bom), mas ainda é possível encontrar por até R$ 6 em algumas lojas e diferentes marcas. Já o arroz, também no Super Bom, chega a R$ 7,61, mas também é possível encontrar por cerca de R$ 5, ainda assim longe, porém, dos cerca de R$ 3 do meio do ano. Em agosto, o mesmo fenômeno – dessa vez por conta da crise climática na Europa – afetou também os preços do azeite, como informou o Portal Goytacazes.

Os efeitos climáticos do El Niño geram impactos também efeitos em setores como o de bares e restaurantes. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o aquecimento pode alterar preços de pescados e outros produtos, como cerveja e pão francês, e obrigam ao empresário a fazer adaptações no menu.

— Precisamos acabar driblando os efeitos nos preços porque o nosso cliente dificilmente aceita que o custo seja repassado no preço final — conta o vice-presidente da Abrasel, Leonel Paim.

O inverno de temperaturas altas também impactou o setor de vestuário, e fez com que os lojistas lançassem mão de descontos e liquidações.

— É preciso uma gestão de estoques bastante eficiente — explica o diretor-executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTex), Edmundo Lima.

*Com informações da Folha de São Paulo