Cidades

Pesquisa expõe disparidade salarial de mulheres e negros no serviço público

O mais recente Mapa da Desigualdade, lançado pela Casa Fluminense — organização formada por ativistas, pesquisadores e cidadãos que lutam por mais igualdade no Estado do Rio de Janeiro — revela que a diferença na remuneração salarial média entre homens e mulheres também reflete o machismo no serviço público fluminense.

Apesar de elas serem a maioria quantitativa, em 86% das cidades da Região Metropolitana do Rio as mulheres ganham menos do que os homens.

Em Itaguaí e Seropédica, as diferenças entre os salários dos homens e das mulheres chegam a ultrapassar as discrepâncias registradas no estado e na Região Metropolitana.

Os sem emprego

O estudo também revela que a taxa de desocupação do Rio de Janeiro é a maior entre os estados da Região Sudeste.

Nos vizinhos São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santos as taxas estão, respectivamente, em 7,8%, 5,8% e 6,4%.

Mas, por aqui, nada menos que 11,3% da população estão fora do mercado de trabalho.

(In)justiça racial

Segundo o Mapa da Desigualdade da Casa Fluminense, em 21 dos 22 municípios da Região Metropolitana brancos ganham mais que negros.

A diferença de remuneração salarial média é maior em Japeri e na capital, onde brancos ganham R$ 1 mil e R$ 2 mil a mais, respectivamente.

Os números ainda dão conta de que de 2018 a 2021 houve aumento na disparidade salarial em 15 municípios.

Honrosa exceção

Vale destacar que a pequena (porém menos discriminatória) Cachoeiras de Macacu é a única cidade da região em que os negros têm salários maiores que os brancos (R$ 46 a mais).

Fonte: Extra