Paulinho, do Atlético-MG, é alvo de intolerância religiosa após estreia pela seleção brasileira
O atacante do Atlético-MG, Paulinho, estreou com a camisa da seleção brasileira principal na noite dessa quinta-feira, na derrota de virada, por 2 a 1, para a Colômbia. Após o jogo, o camisa 10 do Galo foi alvo de intolerância religiosa nas redes sociais.
“Se macumba funcionasse, Bahia seria rica”, “Cadê seu Exu agora, Paulinho?”, “Foi só esse macumbeiro vagabundo, desperdiçador de farofa entrar que tomamos a virada”. Esses foram alguns comentários nas redes sociais direcionadas ao atleta. (veja no fim da matéria outros comentários)
Praticante do Candomblé, logo após a convocação para a seleção brasileira, o camisa 10 usou as redes sociais para agradecer Exu, um dos principais Orixás da religião. Paulinho postou uma foto com a camisa da Seleção e a legenda:
“Nunca foi sorte, sempre foi Exu”
Paulinho já havia comentado sobre os comentários intolerantes em entrevista coletiva após a convocação.
– Os comentários negativos sempre tem nas minhas redes sociais, mas não é algo que eu fico me apegando. Quem quiser continuar mandando energias ruins pra mim, a mim não vai afetar, eu sigo blindado e focado naquilo que eu quero.
“Mas é algo que eu sempre vou estar lutando, usando meu nome e o meu poder de fala pra estar lutando contra esse tipo de preconceito que não tem cabimento nos dias de hoje” (Paulinho)
Nas redes sociais, o Atlético se pronunciou contra os ataques sofridos pelo jogador. Em nota, o Galo reiterou que a intolerância religiosa é crime e que deve ser combatida por todos.
“A intolerância religiosa é crime e deve ser combatida por todos. O Galo repudia veementemente os ataques destinados ao nosso atleta Paulinho, nas redes sociais, durante a partida da Seleção Brasileira. Força, Paulinho. Que sua fé te proteja da maldade alheia!” ✊🏽🏹 (Atlético-MG)
Formado nas categorias de base do Vasco, o time carioca também se manifestou:
“O #VascoDaGama repudia veementemente a intolerância religiosa sofrida pelo atacante da Seleção Brasileira, Paulinho, e presta pronto apoio ao cria da #BaseForte.Ressaltamos a importância do respeito a todas as religiões e credos. O preconceito deve ser combatido em prol de uma sociedade plural, para que cada indivíduo possa, em paz, expressar a sua fé”
Fonte: ge