Cidades

Morre aos 87 anos Vilmar Rangel, um dos maiores nomes do jornalismo de Campos

Foi confirmada na manhã desta quinta-feira (21) a morte de Vilmar Rangel, aos 87 anos, em decorrencia de problemas de saúdes.  Um dos nomes mais importantes do jornalismo em Campos dos Goytacazes, Rangel deixou um legado significativo na comunicação da cidade, sendo uma referência para várias gerações de profissionais da área.

O Velório de Vilmar será às 14 horas e o sepultamento às 16:30h no cemitério Campo da Paz.

A Associação de Imprensa Campista publicou uma nota lamentando a morte de Vilmar:

Uma das personalidades mais importantes da comunicação e da cultura em Campos dos Goytacazes. Sócio da AIC, era grande entusiasta dos projetos culturais da associação, como o Festival Doces Palavras, participando de diversas edições.

Ao longo da carreira, exerceu diversas funções na comunicação social, como assessor de imprensa da Coperflu e da Cooperleite, contato da agência de propaganda “Nova Campos”, professor de cursos de Comunicação Social na Faculdade de Filosofia de Campos (atual UNIFLU), crítico de cinema em Folha do Povo (1961-1962), repórter, locutor, noticiarista e produtor nas rádios Cultura, Continental, Campista Afonsiana e Campos Difusora. Publicou crônicas e artigos durante vários anos nos jornais “A Notícia”, “O Dia”, “Monitor Campista”, “Segunda-feira”, “A Cidade” e “Folha do Comércio”.

Foi repórter profissional dos jornais “Folha do Povo” e “Folha do Comércio”, além de editor geral do “Monitor Campista”. Foi também diretor da sucursal de Campos de “O Fluminense”.

Na literatura, foi o primeiro sócio eleito da Academia Pedralva, Letras e Artes (1952), sócio fundador do núcleo de Campos da União Brasileira de Escritores, sócio fundador do Clube de Poesia de Campos e dirigiu o suplemento literário do jornal “Folha do Povo” (décadas de 1950 e 1960). Lançou, com Joel Melo e Prata Tavares, em 1958, o movimento “Sintetismo Espácio-Temporal”, na linha do neoconcretismo. Desde o ano 2000, era membro da Academia Campista de Letras (ACL).

Campos perde um dedicado pesquisador e ativista cultural, que dedicou sua vida à comunicação, à literatura, mas especialmente à recuperação e à preservação dos monumentos, bustos, hermas e marcos do município de Campos.

A Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), também lamentou o falecimento do jornalista.

Na condição de mestre de cerimônias, Vilmar conduziu eventos com presidentes da República, governadores e prefeitos, destacando-se por seu dinamismo. Homem das letras, se fez presente em todas as edições da Bienal do Livro de Campos e do Festival Doces Palavras, junto de seus companheiros da Academia Campista de Letras e da Academia Pedralva Letras e Artes.

Nossos sentimentos aos amigos e familiares, disse Fernanda Campos, presidente da FCJOL.

O presidente da Fundação Rural de Campos (FRC), também diculgou um nota em nome da instituição.

Com imenso pesar, a diretoria da Fundação Rural de Campos (FRC), recebeu, neste 21 de novembro de 2024, a notícia da partida de Vilmar Rangel, profissional que, por mais de quatro décadas, atuou em nossa instituição, na condução da cerimônia de abertura da Exposição Agropecuária e Industrial do Norte Fluminense, bem como em atos de posse de mesas diretoras. Nossos sentimentos aos familiares do grande relações públicas de nossa Campos.

O site Ururau entrou em contato com colegas e amigos de Vilmar Rangel, que também fazem parte da história da comunicação campista.

O jornalista, escritor, professor e membro da Academia Campista de Letras, Vitor Menezes disse que a morte de Vilmar é uma perda gigantesca para Campos dos Goytacazes. “Vilmar foi um atento protetor do nosso patrimônio histórico e cultural, com passagens em diversas entidades e instituições, e que deixa também um legado literário relevante na poesia. Também teve atuação destacada em várias áreas da comunicação social, especialmente nas Relações Públicas. Tenho dele as melhores recordações de um trato gentil e sempre estimulante”, lamentou Vitor.

Ricardo André, que também é jornalista, disse que Vilmar era um incansável trabalhador pela cultura.

” Vilmar era um incansável trabalhador pela cultura. Nos anos 90 eu era secretário de comunicação da prefeitura no primeiro governo Garotinho e também Sérgio Mendes, tive oportunidade de operar com Vilmar Rangel em alguns projetos como a realização da Semana da Cultura Musical, o maior evento do tipo realizado até aquela época e que resultou na publicado de um livro sobre a história da música em Campos. Profissional multi talento, Vilmar Rangel era um dos mais ativos intelectuais da cidade mas também nunca deixou de ser o Relações públicas, inclusive professor da antiga Fafic, e jornalista. Nesta última foi o mediador de um ótimo debate realizado pela antiga TV Planície/Folha da Manhã com os candidatos ao governo do Estado em 2002, que atuei na coordenação. Vilmar é daqueles do poema do Brecht: imprescindível.”

Cilênio Tavares, jornalista, menciona que Vilmar Rodrigues foi uma das pessoas mais gentis com quem teve a chance de conviver ao longo da profissão.

“Vilmar, além de um profissional exemplar, foi uma das pessoas mais elegantes, gentis, com as quais convivi ao longo profissão. Era muito cuidadoso no trato com as pessoas. Talvez essa tenha sido sua principal característica neste plano de vida. Poeta, jornalista, assessor, entre tantas atividades desenvolvidas. Fica uma lacuna. Um dia triste para a a Comunicação Social. Um dia triste para os muitos amigos que ele fez em sua passagem por aqui. Que Deus conforte a família, os amigos. Que ele siga na paz.”

Mauro Silva, Jornalista e Secretário de desenvolvimento de Campos também deu o seu depoimento a respeito de Vilmar, ele deixa condolências à familia.

“O Vilmar Rangel era uma pessoa extraordinária. Um ser humano fantástico, gentil e excelente profissional. Ele deixa  o seu legado e vai fazer muita falta. Que Deus conforte o coração  de sua família e amigos.” Disse Mauro.

O presidente da Associação de Imprensa Campista (AIC), Welligton Cordeiro, amigo de Vilmar fala sobre a importancia do jornalista para a comunicação campista.

“Vilmar Rangel era pura dedicação em tudo que abraçava. Foi imprescindível para a cultura e para a comunicação. Dedicado às pautas de preservação do patrimônio histórico e cultural campista e artista brilhante na literatura. Campos perdeu uma grande pessoa e eu perdi um admirável amigo.” Disse Welligton.

A jornalista Jane Nunes disse que recebeu com profunda tristeza a notícia do falecimento de Vilmar Rangel.

“Vilmar foi uma presença fundamental em marcos históricos como a primeira Conferência Municipal de Cultura, que deu origem ao Conselho Municipal de Cultura. Sua dedicação e paixão por nossa cidade deixam um legado imensurável, inspirando todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo e trabalhar ao seu lado. Que descanse em paz, com nossa eterna gratidão e saudade” destacou Jane.

As mestres Edinalda Maria e Sandra Vianna entristecidas com o falecimento agradeceram e não quiseram falar.