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Jejum intermitente: benefícios surgem após três dias seguidos de restrição, diz novo estudo

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse recentemente que costuma fazer jejum no início da semana. Ele toma apenas água, café e chá entre as 17 horas de domingo e as 5 da manhã de terça-feira, totalizando um total de 36 horas de jejum. Cientistas, entretanto, descobriram em novo estudo que os benefícios do jejum prolongado começam a aparecer depois de três dias seguidos de restrição calórica.

Segundo pesquisadores da Universidade Queen Mary, em Londres, após 72 horas, o jejum elimina gordura prejudicial à saúde – mantendo o peso baixo – e renova as proteínas do corpo, o que ajuda diferentes órgãos, incluindo o cérebro, a funcionar de maneira mais eficaz.

“O jejum, quando feito com segurança, é uma intervenção eficaz para perda de peso. Dietas populares que incorporam o jejum afirmam trazer benefícios à saúde além da perda de peso. Os nossos resultados fornecem evidências dos benefícios do jejum para a saúde, para além da perda de peso. Pela primeira vez, somos capazes de ver o que está acontecendo em nível molecular em todo o corpo quando jejuamos”, disse Claudia Langenberg da Universidade Queen Mary.

O estudo descobriu que os níveis de proteína em vários órgãos mudam após cerca de três dias de jejum, indicando que todo o corpo está respondendo ao jejum. O corpo também muda sua fonte e tipo de energia, passando das calorias de glicose provenientes dos alimentos para suas próprias reservas de gordura.

Os participantes do estudo, que jejuaram durante sete dias seguidos, perderam em média 5,7kg. O peso permaneceu baixo mesmo três dias após o término do jejum.

Os pesquisadores disseram que as alterações nas proteínas podem explicar por que tiveram um efeito positivo nessas e em outras condições. Eles esperam que as suas descobertas levem a novos tratamentos para pessoas que não podem submeter-se a um jejum prolongado.

Fonte: O Globo