Flamengo apresenta lateral uruguaio Matías Viña: “Vim aqui para ganhar”
Quase um mês depois do anúncio oficial, o Flamengo apresentou Matías Viña nesta segunda-feira. O valor da negociação com a Roma, da Itália, foi de oito milhões de euros (R$ 42,7 milhões). Há a possibilidade de bônus em caso de conquista do Brasileiro ou da Libertadores. Cada um deles vale 500 mil euros. Ele se junta ao compatriota De La Cruz, ex-River Plate, como únicos reforços contratados para a temporada atual.
– Desde o primeiro momento que falaram para vir ao Flamengo, já vinha falando antes com Giorgian (de Arrascaeta) e falei que queria vir. Feliz de estar aqui – afirmou Viña, em suas primeiras palavras durante a apresentação, para depois explicar o motivo de trocar a Europa, mesmo sendo titular, pelo Flamengo.
Questionado por que deixou a Europa mesmo com sequência de jogos e na condição de titular absoluto do Sassuolo, Viña colocou a ambição como fator preponderante.
– Estava jogando lá, mas tem uma coisa que é muito importante. Vim aqui para ganhar, gosto de ganhar, de competir, e nessa equipe (Sassuolo) não tinha como. Essa é a maior motivação. Não jogava muitas competições, só a Serie A, uma vez por semana, a competência que o futebol brasileiro tem é muito acima.
Viña, de 26 anos, foi regularizado no começo deste mês, já havia participado de algumas atividades durante a pré-temporada nos Estados Unidos, mas estava em fase final de recuperação de uma lesão no joelho sofrida em dezembro. Ele chegou a ser relacionado para o jogo contra o Volta Redonda, mas foi retirado por questões burocráticas.
Viña sempre se mostrou muito impressionado com as manifestações da torcida do Flamengo desde a Copa América, quando esteve ao lado de Arrascaeta em viagens com o Uruguai pelo Brasil. Na época, acompanhou de perto a paixão do torcedor. A recepção na sua chegada aos Estados Unidos e os jogos no Maracanã nesse começo de temporada confirmaram sua expectativa.
– Estou muito ansioso. Quando estava na Roma, tinha muita gente no estádio também, mas no Sassuolo não tinha. A torcida foi uma motivação também. Esse momento fora do Brasil foi uma loucura. Tão longe e tanta gente em um treino. Isso que marca o Flamengo – disse Viña, que contará com Arrascaeta, De La Cruz e Varela para acelerar sua adaptação.
Depois de ser liberado na semana passada para acompanhar o nascimento da filha Faustina na Itália, Viña voltou ao Brasil e deve estar à disposição para o jogo desta terça-feira, contra o Boavista, no Maracanã, pela nona rodada do Carioca. O jogador não entra em campo desde o dia 11 de dezembro. No Flamengo, a disputa pela posição será com Ayrton Lucas, que chegou ao clube em 2022.
– Acho o Ayrton muito bom jogador, via quando estava na Roma e ia para a seleção, assistia aos jogos com o Giorgian também. É um cara forte, que ataca muito. De mim, só tenho que demonstrar no campo, ver o que posso fazer. Não gosto de falar de coisas boas e ruins minhas. Só eu conheço. No jogo, podem ver tudo – comentou Viña, que usará a camisa 17, número que tem preferência desde criança, cedida pelo goleiro Rossi.
Viña é frequentemente convocado para a seleção do Uruguai e deve desfalcar o Flamengo durante a Copa América. A previsão atual é de que nove jogos do Brasileirão sejam disputados no período. O jogador defendeu o Palmeiras no Brasil depois de começar a carreira no Nacional, do Uruguai. Foi comprado pela Roma, da Itália, e passou por Bournemouth, da Inglaterra, e Sassuolo, da Itália.
Mais declarações
Aprendizado na Europa
– Foram dois anos e meio lá (na Itália). Seis meses na Inglaterra, onde tinha mais liberdade. Na Itália, aprendi muito taticamente, todo treino trabalham isso, melhorei muito nesse aspecto. Não trabalham muito isso no Uruguai nem aqui no Brasil o tema tático.
Mudança de ideia sobre não defender outro no clube no Brasil além do Palmeiras
– Não mudou nada. A pergunta que fizeram já se respondia sozinha. Respondi o que queriam escutar (sobre voltar ao Brasil apenas para defender o Palmeiras). Não gosto de brigar com imprensa, respondo tudo, fico tranquilo, o que eu fiz foi o melhor para mim e minha família, que é estar aqui no Flamengo.
Gramado ruim
– Acho que o gramado tem que estar apto para jogar, não joguei ainda, não sei como está, sei que companheiros estão brigando por um gramado melhor. Estava na Roma, estádio que se divide com a Lazio, com muitos jogos no mês e gramado muito ruim também. Não é só no Brasil. Na Premier League que joguei e só tem gramado bom.
Fonte: ge