Cidades

Erosão na praia de Atafona pode ter solução federal

Fenômeno que aterroriza Atafona, distrito de São João da Barra, no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro há mais de seis décadas, forma um cenário “bonito e triste” ao mesmo tempo. (O assunto recentemente virou notícia na imprensa internacional Argentina, França, Estados Unidos) e já é de conhecimento do presidente Jair Bolsonaro, que prometeu colocar o caso na pauta do governo.
Se a praia sanjoanense já era atração turística de grande potencial – principalmente pelas águas consideradas medicinais e o quadro formatado no Pontal, onde o Rio Paraíba desemboca -, ganhou mais projeção turisticamente. No entanto, a erosão tem destroçado a localidade com violência e quase duas dezenas de quarteirões já foram tomadas pelo mar, em uma faixa superior a dois quilômetros.
Mais de 500 imóveis, entre residenciais e comerciais, desapareceram até agora. A preocupação da população aumenta, porque há inúmeros estudos sobre causas e efeitos, promessas de providências se acumulam, porém, a “ação nociva” da natureza continua prevalecendo.
Nascido no município, do qual o avô Alberto Dauaire e o pai Betinho foram prefeitos, o deputado estadual Bruno Dauaire diz que, segundo geólogos da Universidade Federal Fluminense (UFF), “o balneário de Atafona está entre os 4% da costa mundial onde o mar consome mais de cinco metros por ano”.
O deputado afirma que já havia protocolado ofício contendo pesquisas, históricos e projetos para conter o avanço do mar. “O material me foi entregue por integrantes do ‘SOS Atafona’ e reforcei junto a Bolsonaro.A qualquer momento é possível uma posição efetiva de Brasília, principalmente porque o assunto já chegou, também, ao Ministério de Desenvolvimento Regional”.
Na manhã desta sexta-feira (25), Dauaire informou que recebeu resposta do Ministério de Meio Ambiente no último dia 11, informando já ter encaminhado  o Ofício do parlamentar (datado de 30 de janeiro) ao Ministério do Desenvolvimento Regional. “Também, na recente visita do Presidente Bolsonaro ao Complexo Portuário do Açu, despachei com ele, reforçando a luta incansável do movimento ‘SOS Atafona’; acredito que o resultado possa ser satisfatório”.
Otimista quanto “à possibilidade de o governo federal assumir a causa”, o deputado contabiliza que, “além de deixar inúmeros moradores sem suas casas, a comunidade sofre prejuízos nas suas vocações econômicas, como a pesca; as embarcações não conseguem entrar e nem sair para atividade pesqueira; sem falar do duro golpe no comércio, que vive do turismo”.
Fonte: O Dia

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