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Crise no líder: Lucio Flavio e Carli ficarão no Botafogo até o fim do Brasileiro? Entenda o plano pós-Lage

Passada a demissão de Bruno Lage, o Botafogo aposta em solução caseira para buscar o título do Campeonato Brasileiro de 2023 — o time é líder a 13 rodadas do fim, com sete pontos de vantagem para o Bragantino. Lucio Flavio (técnico do time B até o início do ano e incorporado ao elenco principal, como auxiliar, desde a saída de Luís Castro) e Joel Carli (zagueiro aposentado há poucos meses e que atua como Especialista de Formação e Transição) assumem interinamente o comando do time. Como atuará a dupla? Até quando ela fica?

Ainda que o anúncio dos nomes seja como técnicos interinos, o Botafogo não buscará soluções externas no momento. Sobre a semana de treinamentos — que começa nesta quarta-feira, após a folga, já sem Lage — e o jogo contra o Fluminense, é certo que os dois comandarão os trabalhos, com Lucio Flavio assinando a súmula como treinador principal. O que acontecerá depois ainda é uma incógnita.

O Botafogo só pretende buscar um novo treinador se o andar da carruagem da dupla pedir. Caso consigam a volta dos bons resultados e a avaliação de que são o suficiente para o time buscar o título, a tendência é que Carli e Lucio Flavio sigam até o final do Brasileiro no comando. Um novo treinador só viria em 2024.

Mas o clube não se fecha numa só ideia: se o entendimento nas próximas semanas for que um novo treinador é preciso, Textor irá atrás de um novo nome, seja só para a reta final da temporada ou para o futuro do projeto.

Ainda que a inexperiência da dupla seja uma preocupação, pesa a favor de Carli e Lucio o apoio total do elenco. A impressão do Departamento de Futebol é que vencer o título com os dois no comando é uma motivação a mais para a reta final e retomada da boa fase.

A avaliação interna é que Lucio Flavio tem o refino de treinador e, mesmo sem um grande trabalho na carreira, tem muito conhecimento de futebol. Há quem coloque mais na conta dele do que na de Caçapa as vitórias da equipe quando Luís Castro deixou a equipe, antes da chegada de Lage.

Carli, por outro lado, é visto como um grande gestor de grupo e de elenco e, mais especificamente, deste elenco, já que até maio fazia parte do grupo de jogadores, e sempre foi visto como um líder. Ele é tido, inclusive, como alguém capaz de controlar o grupo e manter hierarquias, não permitindo que os jogadores “tomem conta” de todas as decisões após terem pedido (e serem atendidos) a demissão de Bruno Lage.

Fonte: O Globo