Crise no Americano: desorganização e briga política ameaçam temporada
Faltando pouco mais de um mês para a estreia na Série A2 do Campeonato Carioca, o Americano Futebol Clube enfrenta uma grave crise administrativa e esportiva. Sem técnico e com o elenco incompleto, o clube demitiu Marcelinho Paraíba, contratado em fevereiro, além de dispensar um grupo de jogadores. A justificativa oficial foi um “processo de transição”, mas a situação expõe a desorganização interna que pode comprometer o desempenho do time. A estreia está marcada para 17 de maio contra o São Gonçalo, fora de casa, mas até agora não há definição sobre o novo técnico ou os reforços necessários.
Além da bagunça no planejamento esportivo, o clube vive uma disputa política que agrava ainda mais o cenário. O presidente Tolentino Reis foi destituído do cargo após um processo de impeachment conduzido pelo Conselho Deliberativo e ratificado em Assembleia Geral. Reis prometeu recorrer judicialmente, mas a nova presidente, Laila Póvoa, já assumiu e apresentou documentos que supostamente comprovam irregularidades na gestão anterior. A troca no comando ocorre em meio à necessidade urgente de decisões estratégicas para salvar a temporada.
A indefinição administrativa e técnica coloca em xeque a capacidade do Americano de competir em alto nível na Série A2. Enquanto a diretoria promete anunciar novidades na próxima semana, os torcedores assistem preocupados à falta de planejamento e à instabilidade política que afetam diretamente o futuro do clube. Sem uma resolução rápida, o Americano corre o risco de transformar sua temporada em um fracasso anunciado.