Economia

Concurso Nacional Unificado: Estado do Rio tem mais de 274 mil inscritos

De acordo com informações do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o Estado do Rio de Janeiro registrou 274.160 mil inscritos no Concurso Nacional Público Unificado. A Unidade da Federação ficou atrás apenas do Estado de São Paulo, que conta com 288 mil candidatos. Ao todo, o certame registrou mais de 2,65 milhões de inscritos e oferta 6.642 vagas, com salários de até R$ 23 mil. Confira o ranking de estados por número de inscritos abaixo.

A divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redações será realizada em 3 de junho. O resultado definitivo será anunciado em 30 de julho. A etapa de convocação para posse e realização de cursos de formação começará no dia 5 de agosto.

Os oito editais preveem vagas para atuação no Estado do Rio de Janeiro nos seguintes órgãos:

Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)
Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI)
Ministério da Saúde
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
As oportunidades no Rio de Janeiro incluem as carreiras de:

Médico
Psicólogo
Arquivista
Bibliotecário
Contador
Antropólogo
Assistente social
Economista
Engenheiro especialista em ciência e tecnologia
Analista em reforma agrária
No Rio de Janeiro, o Concurso Unificado terá 11 cidades nas quais as provas serão aplicadas. São elas:

Rio de Janeiro
Cabo Frio
Campos dos Goytacazes
Belford Roxo
Duque de Caxias
Niterói
Nova Iguaçu
São Gonçalo
São João de Meriti
Volta Redonda
Petrópolis
A distribuição de candidatos por estado da União ficou foi a seguinte:

São Paulo: 288.123 mil
Rio de Janeiro: 274.160 mil
Distrito Federal: 261.591 mil
Minas Gerais: 212.959 mil
Bahia: 200.782 mil
Pará: 154.195 mil
Pernambuco: 128.268 mil
Maranhão: 98.594 mil
Rio Grande do Sul: 96.592 mil
Paraná: 92.679 mil
Ceará: 88.765 mil
Goiás: 80.473 mil
Amazonas: 75.904 mil
Mato Grosso: 66.041 mil
Piauí: 63.843 mil
Paraíba: 52.702 mil
Rio Grande do Norte: 52.072 mil
Santa Catarina: 48.406 mil
Rondônia: 46.040 mil
Sergipe: 43.661 mil
Mato Grosso do Sul: 43.325 mil
Espírito Santo: 40.973 mil
Alagoas: 39.495 mil
Amapá: 31.705 mil
Tocantins: 29.991 mil
Roraima: 22.947 mil
Acre: 22.861 mil
Como se preparar?
Passado o carnaval, os foliões começaram a deixar as fantasias de lado, voltando à rotina de trabalho e estudos. Com a prova do Concurso Nacional Unificado (CNU) batendo à porta – no dia 5 de maio –, é preciso estar atento para garantir uma das vagas de ingresso no serviço público. Portanto, é preciso estar com o aprendizado em dia para não ficar de fora do maior certame da história.

Desde o lançamento dos editais, os cursinhos preparatórios começaram a reorganizar as aulas para abordar os temas previstos e o novo modelo de aplicação das provas. O conteúdo voltado ao nível superior surpreendeu diretores e professores pela ausência de matérias que tradicionalmente fazem parte de concursos.

No bloco voltado às carreiras de nível médio, a principal novidade é a exigência de conhecimentos de realidade brasileira, que envolvem temas como políticas públicas, direitos humanos, diversidade, inclusão e meio ambiente. Diretor e professor da Central de Concursos, Gabriel Henrique Pinto salienta que, para quem deixou os estudos de lado durante a folia, é preciso fazer uma boa revisão nos conteúdos.

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– A recapitulação pode ser feita por meio de exercícios de fixação, bem como também pela leitura de resumos e mapas mentais. Depois disso, é fundamental focar os estudos nos demais tópicos do conteúdo programático de cada disciplina. No entanto, não basta só ler a teoria. É fundamental também praticar. É indispensável realizar exercícios de fixação e, sobretudo, provas anteriores da Cesgranrio, que é a organizadora do concurso – aconselha.

Além das provas objetivas, serão aplicadas questões discursivas aos candidatos. Aos de nível superior, a depender do bloco temático escolhido, a avaliação discursiva terá somente uma questão. Metade da nota será voltada à análise do conteúdo, e a outra metade, ao correto uso da língua portuguesa.

Conforme as semanas passam e a prova fica cada vez mais perto, o tempo de estudo deve ser dedicado mais à resolução de questões do que à teoria, aponta Gabriel Henrique Pinto.

— Sugiro também que, sobretudo faltando cerca de 45 dias para as provas, os candidatos passem a realizar, se possível todas as semanas, um simulado. Além de ser uma forma de mensurar os conhecimentos sobre todas as disciplinas que serão cobradas nas provas, ele também estará treinando ‘gestão de tempo’ (para responder às questões e preencher o cartão-resposta) e se preparando psicologicamente para tudo o que envolve o dia do concurso — complementa.

Divisão em blocos
O novo modelo de seleção adotado pelo Concurso Nacional Unificado permite que os participantes concorram a mais de um cargo dentro de uma área escolhida. As vagas foram divididas em oito blocos, sendo sete destinados a cargos de nível superior e um para nível médio.

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Cada um desses blocos terá cinco eixos temáticos. Cada órgão definiu pesos diferentes para cada eixo temático. Ou seja, mesmo com as vagas agrupadas em um mesmo bloco, os conteúdos cobrados terão pesos diferentes, dependendo do cargo selecionado.

Victor Dalton, fundador e diretor do Direção Concursos, dá um conselho para quem está determinado a participar do processo seletivo:

— Como o conteúdo programático é radicalmente diferente do que vimos nos concursos na última década, o ideal é ter uma rotina de estudos de modo a passar por todas as matérias ao longo de uma semana. Desta forma, o candidato sempre estará em contato com todo o conteúdo do concurso. Assim, ele diminui as chances de esquecer a matéria à medida que avança nos estudos.

Análise de títulos
Além da prova, diversos cargos preveem uma fase de análise de títulos. Essa etapa será classificatória somente. Por isso, é importante que os candidatos tenham todos os documentos que comprovem suas titulações.

Victor Tanaka, especialista em Concursos Públicos do Estratégia Concursos, detalha que a preparação deve ser muito focada no estudo de modelo de prova aplicado pela banca. Uma outra dica é trabalhar muito a atenção nas matérias que são inéditas, conteúdos que o aluno nunca viu e que têm um peso maior, diz:

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— A tendência é a de que a banca, inevitavelmente, acabe repetindo formas de cobrança de conteúdos prévios, nem que seja a maneira interpretativa da questão. Então, é fundamental a resolução de muitas questões da banca Cesgranrio. E, ao mesmo tempo, aliar com revisões periódicas. Numa reta final, eu recomendo menos aquela revisão do dia seguinte e mais aquela revisão semanal ou por blocos.

Filipe Chagas, professor da ZeroHum Concursos, destaca a necessidade dos alunos ingressarem em cursos preparatórios.

– Embora pareça uma propaganda, essas escolas já têm conteúdos organizados e focados para a prova, o que poupa tempo de organização dos alunos — afirma.

Tire suas dúvidas
Quando serão aplicadas as provas?
Em 5 de maio. O resultado final será anunciado em 30 de julho, e o início das convocações ocorrerá em 5 de agosto.

Como ser aprovado e continuar no meu estado?
Não foi possível escolher preferência geográfica no ato da inscrição, apenas de vagas. Para permanecer no mesmo estado, o candidato tinha que observar se as vagas dentro do bloco escolhido eram, majoritariamente, voltadas para sua região.

Qual será a validade da seleção?
A validade do certame, que estava prevista para dois anos, foi modificada para um ano, podendo ser prorrogada por mesmo período, caso o governo federal avalie a necessidade. A ideia é que a realização do “Enem dos Concursos” seja mais frequente, informam fontes no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Onde serão aplicados os testes?
As provas serão aplicadas em 220 cidades, em 5.141 locais. Serão alocados 46 candidatos por sala. Cerca de 350 mil pessoas atuarão na aplicação das provas.

Qual a novidade no cadastro de reserva?
O governo federal informou que as pessoas no cadastro de reserva do Concurso Nacional Unificado poderão ser convocadas para contratações temporárias em ministérios e órgãos. Ainda assim, o candidato será mantido no cadastro.

Como será o dia de provas?
Aos candidatos de nível superior, no bloco matutino, com duração de 2h30, serão aplicadas as provas objetivas de conhecimentos gerais, com 20 questões. Junto, será entregue uma prova discursiva de conhecimento específico do bloco. No bloco vespertino, com duração de 3h30 e 50 questões, serão cobrados conhecimentos específicos, em questões objetivas.

Aos candidatos de nível médio, no bloco matutino, com duração de 2h30, serão aplicadas as provas objetivas de conhecimentos gerais, com 20 questões. Junto, será entregue uma redação a ser escrita. O bloco vespertino terá duração de 3h30 e 40 questões objetivas.

Blocos temáticos
As vagas estão distribuídas em oito blocos temáticos. No ato da inscrição, os candidatos podiam se inscrever para mais de um cargo, desde que estivessem no mesmo bloco. Veja:

Infraestrutura, Exatas e Engenharias (727 vagas)
Tecnologia, Dados e Informação (597 vagas)
Ambiental, Agrário e Biológicas (530 vagas)
Trabalho e Saúde do Servidor (971 vagas)
Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (1.016 vagas)
Setores Econômicos e Regulação (359 vagas)
Gestão Governamental e Administração Pública (1.748 vagas)
Nível Intermediário (692 vagas)
Como se planejar para alcançar a carreira dos sonhos?
É preciso partir do pressuposto: “Qual cargo almejado?”. Diante das ambições do candidato, é necessário montar um planejamento condizente com a recompensa, alerta Marco Brito, diretor pedagógico do Degrau Cultural:

— Se a pessoa quer o cargo com maior salário, precisa estar estudando há um tempo. É preciso construir conhecimento com o passar dos dias de estudo.

Qual o perfil da banca?
De acordo com especialistas ouvidos pelo EXTRA, a Cesgranrio costuma focar na interpretação de texto dos candidatos e cobrar menos conteúdos que exigem “decoreba”.

Quais foram as retificações realizadas nos editais?
O governo federal fez alterações nos editais do Concurso Público Nacional Unificado, conforme publicado no Diário Oficial da União. As alterações incluíram atualizações na formação exigida, detalhes sobre as remunerações de alguns cargos e adição de tabelas de titulação. As mudanças foram específicas para determinados cargos, e os candidatos foram aconselhados a lerem atentamente o edital de retificação.

Uma das principais alterações foi referente à inclusão de formação em Engenharia Geológica ou Geologia para o cargo de analista de planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas e estatística. Também foram atualizadas tabelas de atribuição de pontos por avaliação de títulos e quadros de retribuição por titulação para diversos cargos.

Os órgãos que retificaram os editais foram: Advocacia-Geral da União (AGU), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A União já tinha realizado mudanças que abrangeram uma variedade de aspectos, incluindo requisitos de formação, locais de trabalho, remuneração, remanejamento de vagas e critérios de pontuação na fase de avaliação de documentos.

Um ajuste relevante dizia respeito às vagas de auditor-fiscal do trabalho no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), onde a exigência inicial de os candidatos serem “especialistas em auditoria e fiscalização” foi modificada para permitir a inscrição de candidatos de qualquer área do conhecimento.

Outra alteração notável ocorreu no Edital 5, relacionado à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), especificamente para o cargo de técnico de assuntos educacionais, que originalmente aceitava formação em qualquer área, mas foi corrigido para exigir um diploma em Pedagogia.

Em resposta às modificações, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) classificou as retificações como “formais” e assegurou que não causarão prejuízos aos candidatos.

O ministério defendeu a natureza das retificações como uma medida preventiva para evitar interpretações equivocadas do edital, “visando a garantir a integridade e imparcialidade no processo de seleção dos futuros servidores públicos”.

Também foram adicionadas informações sobre a intensificação dos procedimentos de segurança durante a realização das provas, proibindo determinados comportamentos, como permanecer na sala após o fechamento dos portões, registrar ou divulgar a prova por meio de imagem, vídeo ou som, e o consumo de substâncias proibidas no local de aplicação.

“Será proibido levar ou ingerir bebidas alcoólicas ou utilizar drogas ilícitas ou cigarro e outros produtos derivados do tabaco no local de provas”, complementou o MGI.

Fonte: Extra