Política

Campos na mira dos possíveis candidatos ao governo do estado

Maior cidade do interior do Rio, com mais de 370 mil eleitores, Campos se tornou palco nos últimos dias de uma série de movimentos relacionados às eleições de 2026. Tudo começa com o compartilhamento entre políticos de um vídeo de um trecho do discurso do prefeito da cidade, Wladimir Garotinho (PP), no qual ele declara que não apoiará o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil). Os dois agora são da mesma federação partidária, mas são rivais na cidade do Norte Fluminense.

O prefeito atribui a Bacellar uma certa indisposição do governo do estado com a cidade. Campos dos Goytacazes chegou a processar o governo do Rio no final do ano passado por falta de regularidade nos repasses para saúde.

Wladimir já foi cortejado por Eduardo Paes para ser seu vice e tem credenciais que fariam dele um bom vice para o prefeito do Rio: é bem conhecido no Norte e Noroeste fluminense, onde Paes patina.

As conversas seguem, Wladimir não fecha a porta para Paes e é um dos políticos fora do universo carioca e do PSD, com quem o prefeito do Rio mais conversa.

Como prova de que a guerra por 2026 tem Campos como cenário de imprevisível batalha, nesta terça-feira (27), o secretário estadual de Transportes, Washington Reis, apareceu de helicóptero na cidade para participar da celebração pelo começo da safra da cana-de-açúcar. E lá foi logo abraçar um casal amigo de longa data, os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho.

Saiu com a promessa de apoio da família, pelo menos dos pais do prefeito Wladimir, caso consiga se resolver com o STF e se viabilizar candidato em 2026. Reis, que não para, esteve na segunda-feira (26), com o ex-presidente Michel Temer e do presidente nacional da legenda, Baleia Rossi. Sobre sua inelegibilidade e os planos para 2026, disse à coluna que “irá lutar” e que o governador do Rio Cláudio Castro, do PL, tem acordo com o União Brasil. “Eu sou do MDB”, resumiu.

 

Fonte: CBN