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Campanha SOS Ao Livro Verde chega a 1.500 assinaturas

A Campanha SOS Ao Livro Verde, uma mobilização da sociedade civil de Campos, chega a 1,5 mil assinaturas em abaixo-assinado do site “petição pública”. Ao todo, 38 entidades, instituições e veículos de mídia também estão apoiando oficialmente.

O objetivo da campanha é impedir o fechamento da livraria mais antiga em funcionamento no Brasil em funcionamento, com o reconhecimento do Guinness Book. Ela está instalada há 179 anos no centro histórico de Campos, sendo referência cultural para várias gerações de campistas e visitantes de todo o país.

Nesta quinta-feira (27/7), um grupo de 12 músicos da Ong Orquestrando a Vida, comandado pelo maestro Jony Willian, realizou no final da tarde desta quinta-feira (27), uma breve apresentação dentro da campanha para evitar o fechamento da livraria Ao Livro Verde. Com violinos, violoncelo e sax, os músicos apresentaram quatro músicas, sendo três tangos de Astor Piazzolza e a tradicional Carinhoso, de Pixinguinha, tocando na calçada da livraria, à rua Teotônio Ferreira de Araújo, para um público que se formou na calçada contrária, além de pedestres que paravam por alguns instantes, curiosos com a apresentação.

Entre o público, também marcaram presença representantes do segmento cultural de Campos, unidos na luta para manter funcionando a livraria mais antiga do Brasil, hoje com 179 anos, ameaçada de fechar as portas devido ao acúmulo de dívidas, agravadas pela pandemia do Covid-19. O proprietário da livraria, Ronaldo Sobral, que já entrou na Justiça com um pedido de autofalência, ficou emocionado durante a apresentação e preferiu se retirar para se recuperar. A campanha visa a encontrar formas de sanar as dívidas da livraria, próximas de R$ 2 milhões.

Aberta em 1874 a livraria Ao Livro Verde é patrimônio histórico e cultural do município, com o prédio tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam) e referência nacional em livraria.
Embora com todas as obrigações trabalhistas em dia, a livraria corre o risco de fechar em função de ação civil de autofalência, decorrente da crise instalada no setor.

O abaixo-assinado solicita ao Poder Público Municipal (Executivo e Legislativo), a criação urgente de comissão técnica especializada a fim de estudar, avaliar e propor alternativas viáveis, através de parceria público-privada.

A proposta inicial dos coordenadores da campanha pública é transformar as instalações na Casa de Cultura “Campistana Livraria Ao Livro Verde” que, continuaria vendendo livros sobre Campos dos Goytacazes e de seus mais de 50 escritores campistas notáveis, com cybercafé, comercialização de postais, fotografias, memorabília, artesanato local, doces, alimentos e bebidas típicas da terra, cine-clube, galeria de exposições e espaço aberto para estudantes, visitantes e turistas.

A Prefeitura de Campos, no entanto, tem afirmado que o problema cabe exclusivamente ao proprietário, por ser tratar de um empreendimento privado. Tal afirmação, dessa forma, desconsidera a importância histórica e turística para a cidade e a região central, que vem sendo alvo de iniciativas do município em prol da revitalização.