Autores locais protestam contra organização da Bienal do Livro de Campos 2025
A 12ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes, programada para ocorrer entre 28 de março e 6 de abril de 2025, enfrenta críticas de escritores locais. Um grupo de autores da cidade expressou insatisfação com a organização do evento através de uma carta aberta, alegando negligência com os talentos regionais e falta de apoio aos artistas locais. As principais reclamações incluem a ausência de informações sobre editais, participação em debates e estandes de vendas, além da falta de espaço adequado para exposição de suas obras. Os escritores também argumentam que os investimentos parecem ser direcionados principalmente para convidados de fora da cidade.
Em resposta, a organização do evento, representada pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, afirmou que haverá espaço para autores locais, com estandes destinados às academias literárias da região, mesas dedicadas à poesia campista e personalidades da literatura local. Também foi mencionada a disponibilidade de espaço para lançamentos de livros de autores independentes. Após a divulgação da carta, a organização realizou uma reunião com entidades e escritores locais para discutir as demandas e anunciou a criação de um formulário digital para inscrição de autores interessados em participar da Bienal.
Apesar desses esforços, alguns escritores ainda se mostram insatisfeitos, expressando frustração por não terem sido consultados ou convidados a dar sugestões sobre a programação do evento. A situação evidencia a necessidade de maior diálogo e inclusão dos talentos da região na organização da Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes. O clima de tensão entre os escritores locais e a organização lança uma sombra sobre o que deveria ser um evento significativo para a promoção da literatura na cidade, destacando a importância de equilibrar a presença de autores renomados com o apoio e visibilidade aos talentos locais.