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“A Substância” é um prato cheio para o Enem: uma análise sobre etarismo, padrões de beleza e o olhar masculino

Neste domingo, milhares de estudantes se preparam para enfrentar o Enem, e uma boa estratégia é estar atento aos temas que movimentam o debate contemporâneo. O filme “A Substância” (2024), lançado recentemente, é uma excelente fonte de repertório para quem busca exemplos marcantes para a redação. Explorando temas como etarismo, misoginia, padrões estéticos e o impacto dos procedimentos estéticos, o filme é especialmente interessante para discussões sobre a valorização da juventude e a objetificação do corpo feminino, questões sociais que são frequentemente abordadas em provas e redações. Com uma abordagem visceral, o filme pode gerar reflexões que farão diferença no momento de construir uma redação bem fundamentada e atual.

“A Substância” segue Elisabeth Sparkle, uma atriz que, ao ser demitida aos 50 anos, confronta o impacto do envelhecimento em uma sociedade que idolatra a juventude e julga duramente as mulheres com o passar do tempo. Ao tomar uma substância que lhe permite assumir um corpo jovem por sete dias, a protagonista experimenta as consequências devastadoras desse “milagre”, que revela o custo de tentar se enquadrar em padrões estéticos e de juventude inatingíveis. A narrativa utiliza o body-horror para denunciar o lado sombrio dos padrões de beleza e a pressão estética imposta às mulheres, especialmente as que atuam na mídia.

Dirigido e estrelado por mulheres, o filme é uma resposta aos estereótipos da mídia, mostrando como o “male gaze” (olhar masculino) influencia a representação feminina. A narrativa expõe a dualidade vivida por Elisabeth e Sue (sua versão jovem): enquanto o corpo jovem é desejado, o corpo envelhecido é ignorado e tratado com desdém, ilustrando como o machismo e a objetificação influenciam a autoestima e a identidade feminina. Esse olhar, que subjuga a mulher a padrões irreais de beleza, é desconstruído no filme, incentivando o espectador a questionar e refletir sobre a ditadura da juventude.

Com temas de relevância social e discussões de gênero, “A Substância” oferece um rico repertório para o Enem e demais vestibulares. Além de abordar a complexidade da sociedade contemporânea, o filme permite pensar em questões éticas e socioculturais, como a busca por aceitação, a pressão estética, a objetificação e o etarismo. Dessa forma, é uma opção imperdível para quem quer se aprofundar em temas que podem fazer a diferença na redação e contribuir com uma análise crítica de temas que, mais do que nunca, precisam ser debatidos.