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Espetáculo Formigueiro realiza apresentação gratuita no SESI Campos

Idealizado e coreografado por Bruno Duarte, o espetáculo de dança Formigueiro, que usa técnicas de break, krump e gestos experimentais na sua composição, realiza apresentações gratuitas no mês de agosto e discute a relação sujeito x coletivo, com um olhar macro para a coreografia existente nas interações das pessoas no meio urbano.

Após apresentação no Festival de Inverno, em Nova Friburgo, a peça chega ao Teatro Sesi Campos, dia 17 de agosto ás 20h, no endereço Avenida Bartolomeu Lisandro 862 – Parque Jardim Carioca, Campos dos Goytacazes. Também haverá um bate papo com intérprete de libras ao término da apresentação.

. Contemplado no Edital de Chamada Emergencial Nº 09/2023 “GIROS RJ” do Governo Federal, Ministério da Cultura, Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, o solo de dança reflete as multidões que se aglomeram em diversas situações cotidianas, como nas ruas e nos transportes públicos, e questiona: O que afeta e como se é afetado?

A construção deste espetáculo tem como objetivo reforçar uma atitude ativa, libertadora, transgressora, estruturada a partir da valorização de aspectos da autorreflexão, da crítica criativa e do ativismo, pontos importantes para o fortalecimento de uma resistência às representações do racismo e do colonialismo nas práticas de criação em dança.

“A ideia é mostrar que há uma espécie de metamorfose diária a cada vez que se percorre um caminho de um ponto a outro das grandes cidades. E como o gestual de um sujeito é diretamente impactado pelo movimento do coletivo”, explica o diretor e coreógrafo, Bruno Duarte.

Partindo da premissa que essas pessoas se relacionam, se atravessam e cruzam o caminho umas das outras, a metáfora do formigueiro abriga a mescla de um indivíduo em muitos. Na criação desta coreografia, o artista busca observar como o movimento do coletivo influencia no seu próprio corpo, e de que maneira ele pode se expressar para reverberar, em cena, a potência dessas transformações.

“São gestos e danças que buscam restaurar o encantamento do mundo, favorecendo a constituição de saberes pretos como modalidades críticas ao racismo. Ainda mais quando se analisa os impactos sofridos por um homem preto, que transita entre as áreas periféricas e centrais, com as vestes que me identificam como um artista das danças urbanas”, pontua Bruno.

Nos bate-papos, realizados após cada apresentação, haverá tradução em libras e, no dia 25 de agosto, a apresentação contará com audiodescrição durante o espetáculo. Este recurso é uma inovação, onde o bailarino descreverá minuciosamente cada movimento executado para os deficientes visuais terem melhor interpretação das cenas. Esta apresentação será realizada no Teatro Cacilda Becker, e encenada pelo dançarino Guilherme Andrade, conhecido pelo nome artístico de Romec.

Será a sua estreia neste solo sob a direção de Bruno Duarte que também ministrará uma oficina de Krump, das 15h30 às 17h. Além disso, após as apresentações haverá um bate-papo com o coreógrafo Bruno Duarte.

O espetáculo estreou no Sesc Copacabana (Rio de Janeiro/RJ) e se apresentou no Instituto Silo Cultural (Sesc Paraty/RJ) e no Centro Cultural do Polo Educacional (Sesc Jacarepguá/RJ), integrando a programação do Sesc Entredança – o corpo negro. Circulou pelo Edital Sesc Pulsar em 2023 por 06 unidades Sescs do Rio de Janeiro, participou do Festival Dança em Trânsito nas cidades de BH e Maranhão, através do edital Janelão se apresentou em novembro de 2023 no Teatro Municipal Gonzaguinha no RJ e fez 04 apresentações no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro pela Lei Paulo Gustavo no Edital Viva o Talento da Secretaria Municipal de Cultura.

Entrada gratuita em todas as sessões. Ingressos retirados até 1h antes das apresentações.

Classificação: 12 anos

Fonte: Alessandra Costa