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Nova fase de operação da PF mira financiadores de atos antidemocráticos em Campos

Alvo de buscas nesta quinta-feira (18), o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) trocava mensagens com um grupo de golpistas no Rio – e passava orientações sobre atos antidemocráticos. Há buscas também no interior do RJ: entre os alvos, estão pessoas que montaram acampamento em frente à 2ª Companhia de Infantaria em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

A Operação Lesa Pátria da Polícia Federal tem como o objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Agentes da PF foram até a Câmara dos Deputados para cumprir mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jordy.

Os crimes que envolvem o cumprimento dos mandados de busca e apreensão são abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.

Até a última atualização desta reportagem, Jordy não se manifestou.

Polêmicas

Em setembro de 2019, o deputado confirmou que iniciou uma campanha de difamação direcionada a Felipe Neto. Sem provas, em outras duas ocasiões, o deputado disse em redes sociais que Felipe Neto estava vinculado ao Massacre de Suzano e estava ensinando seus seguidores a entrarem na deep web. Carlos Jordy foi condenado na justiça em abril de 2019.

Ele também ameaçou de “deportação” o jornalista Glenn Greenwald. Jordy acusou o jornalista de cometer um crime contra a “segurança nacional”, devido às mensagens da Vaza Jato. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) disse que as “tentativas de intimidar e silenciar um veículo são ações típicas de contextos autoritários e não podem ser tolerados na democracia que rege o país.”

*Reportagem em atualização

**Com informações do g1