DestaqueOpinião

A mesquinha política que persegue cristãos e lava as mãos contra exploradores da fé

Na última semana, a Câmara de Vereadores de São Paulo anunciou um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação do padre Júlio Lancelotti, conhecido por sua dedicação em distribuir alimentos aos mais necessitados. Este movimento, liderado por políticos de direita que se autodenominam cristãos, suscita questionamentos sobre a verdadeira essência do cristianismo e a seletividade na escolha de quem é investigado.

O pedido de abertura da CPI não é suficiente para garantir a sua instalação. Mesmo obtendo as assinaturas necessárias para protocolar o requerimento, a proposta de CPI das ONGs precisa ser incluída na ordem do dia e passar por duas votações distintas antes de ser aprovada. Dias após a repercussão negativa, alguns vereadores anunciaram a retirada da assinatura. Mas a intenção e a proposição, empreendida por um político do União Brasil, já revelou muito (de novo) sobre os rumos do movimento de extrema-direita no país.

É inevitável não comparar as ações do padre Lancelotti aos ensinamentos de Jesus Cristo, cuja caridade e compaixão eram pilares fundamentais. Distribuir alimentos aos menos favorecidos deveria ser uma ação enaltecida, não investigada. A contradição entre os atos do padre e a perseguição instigada por políticos que afirmam seguir os princípios cristãos é desconcertante.

É intrigante observar como outros líderes religiosos que exploram a fé dos mais humildes recebem apoio e benefícios do Estado, enquanto um verdadeiro exemplo de serviço à comunidade está sob escrutínio. Essa seletividade questionável levanta dúvidas sobre a verdadeira motivação por trás da CPI, destacando uma possível instrumentalização da religião para fins políticos.

Além disso, a falta de apoio da Igreja Católica ao padre Lancelotti é decepcionante. Em um momento em que a instituição deveria ser solidária com um membro que pratica os valores centrais do cristianismo, sua omissão é notória. A ausência de posicionamento claro por parte de padres celebridades também levanta preocupações sobre a coesão interna da Igreja em momentos cruciais.

A perseguição ao Padre Júlio Lancelotti não apenas compromete a imagem dos políticos envolvidos, mas também lança sombras sobre a integridade da Igreja Católica. É imperativo que a sociedade e os fiéis exijam transparência e justiça nesse processo, garantindo que a verdadeira essência da caridade e compaixão cristãs não seja eclipsada por agendas políticas controversas.

Confira abaixo como contribuir com as ações do padre: