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Região recebe royalties nesta segunda (25), e gigante do petróleo anuncia viabilidade de novos campos

Campos e outros municípios produtores de petróleo de gás recebem pelo regime de concessão na próxima segunda-feira (25), o repasse referente à produção de julho. Campos vai receber R$ 48.061.149,08, com alta de 16,9% referente ao mês de agosto (R$ 41.096.847,71). No total, neste ano, o município recebeu R$ 559.276.300,36, entre royalties e participação especial.

Para São João da Barra serão depositados R$ 20.298.740,65 (alta de 20,2%). Já Quissamã receberá R$ 12.201.357,52, com alta de 13,8%.

O maior repasse será para Macaé, de R$ 74.752.769,80, com alta de 15,6%.

Novos campos de petróleo na região

A Repsol Sinopec Brasil, parceira do consórcio BM-C-33, comunicou nesta quinta-feira que a operadora Equinor Energy do Brasil Ltda apresentou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) as Declarações de Comercialidade de dois campos localizados na área de concessão do BM-C-33, em águas profundas do pré-sal da Bacia de Campos. O consórcio é formado pela Repsol Sinopec Brasil 35%, Equinor (operadora) 35% e Petrobras 30%.

“O projeto é estratégico para o grupo Repsol em todo o mundo, e esta nova fase reforça nosso compromisso com o desenvolvimento de um mercado cada vez mais eficiente e sustentável no país”, destaca o CEO da Repsol Sinopec, Alejandro Ponce. O investimento para o desenvolvimento dos dois campos é de aproximadamente US$ 9 bilhões e a entrada em operação está prevista para 2028.

A Concessão está localizada a aproximadamente 200 km da costa do Rio de Janeiro, em lâminas d’água de até 2900 m. Contém volumes recuperáveis de gás natural e petróleo/condensado acima de um bilhão de barris de óleo equivalente. Os nomes sugeridos para os campos são Raia Manta e Raia Pintada. Os nomes ainda precisam ser confirmados pelo regulador.

A Raia Manta e a Raia Pintada são campos importantes com papel fundamental no avanço contínuo do mercado brasileiro de gás. A capacidade de vazão dos campos é de 16 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com exportações médias projetadas de 14 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Isso equivale a 15% da demanda nacional de gás quando em produção ou ao consumo médio atual de todo o estado de São Paulo.

“Os campos têm grande potencial para contribuir para uma transição energética confiável, oferecendo uma fonte de energia mais limpa, segura e acessível para a sociedade. Além disso, trará mais geração de empregos e desenvolvimento econômico para a região”, enfatiza o gerente de Comercialização de Gás da Repsol Sinopec, Andrés Sannazzaro.

Conceito inovador O conceito selecionado compreende uma unidade flutuante de produção, armazenamento e descarregamento (FPSO), que será a primeira do Brasil capaz de especificar gás para venda, sem a necessidade de processamento onshore, conectando-o diretamente à rede nacional.

A capacidade de produção diária do FPSO é de aproximadamente 126.000 barris e 16 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com exportações médias esperadas de 14 milhões de metros cúbicos de gás. A comercialização do gás está prevista para ser captada por meio de um gasoduto offshore de 200 quilômetros, do FPSO até Cabiúnas, na cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro. Os líquidos serão descarregados por navios-tanque.

Além disso, o FPSO usará turbinas a gás de ciclo combinado que podem reduzir significativamente as emissões de carbono do campo, com uma média de menos de 6 quilos de óleo equivalente por barril ao longo de sua vida útil, cerca de dois terços a menos do que a média da indústria.

“Estas inovações podem não apenas impulsionar a produção nacional de gás, mas também o desenvolvimento de novas tecnologias para permitir a redução de emissões nas atividades offshore”, acrescenta Lorena Dominguez, COO da Repsol Sinopec.

Há mais de 25 anos no Brasil, a Repsol Sinopec (RSB) é uma das maiores produtoras de óleo e gás do país. Desde 2010, é formada por uma joint venture entre a espanhola Repsol e a chinesa Sinopec, tornando-se uma das maiores investidoras do setor no país na última década.

A empresa foi a primeira a participar da abertura do mercado, em 2000, no campo de Albacora Leste, e atua com protagonismo no desenvolvimento do novo mercado de gás natural. Além das descobertas no BM-C-33, grande marco no setor, a empresa participou ativamente da criação dos sistemas integrados de Processamento (SIP) e Escoamento (SIE), evidenciando seu empenho com o desenvolvimento de um mercado competitivo e sustentável no país.