Investigação conclui que ‘Carlos Eduardo quis matar a mãe’, diz delegado
A Polícia Civil encerrou a investigação do caso do estudante de medicina Carlos Eduardo de Aquino Cardoso, de 32 anos, acusado de atropelar e matar sua mãe, Eliana de Lima Tavares, de 59 anos. De acordo com a Polícia, foram encontrados indícios claros de dolo no inquérito, o que indica intenção criminosa do réu. Os investigadores classificaram o caso como feminicídio, e os detalhes foram divulgados pelo delegado Carlos Augusto Guimarães, da 146ª DP de Guarus, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8).
Um dos grandes desafios para a equipe de investigação foi demonstrar a intenção de Carlos Eduardo, uma vez que, inicialmente, o episódio parecia um acidente sem intenção de matar. A polícia concentrou-se em seis pontos-chave para caracterizar a ação como deliberada. Segundo o delegado, esses elementos reunidos comprovaram que a conduta de Carlos Eduardo tinha características de premeditação e dolo.
Entre os principais fatores apontados estão o comportamento do réu no momento do acidente e seu uso do veículo. Carlos Eduardo teria acelerado o carro no instante da colisão e, após o impacto, tentou fugir do local, o que, segundo o delegado, mostra consciência da gravidade do ato. Além disso, testemunhas afirmaram que ele não demonstrou qualquer reação emocional ao ver a mãe morta, sugerindo desprezo pela vida dela.
Outro ponto fundamental foi o depoimento da irmã de Carlos, que confirmou episódios de agressões físicas e verbais do réu contra a mãe. Testemunhas relataram um histórico de abusos e apresentaram provas, incluindo imagens de agressões. Esses testemunhos e outras evidências reforçaram a acusação de feminicídio. O Ministério Público formalizou a denúncia, e o caso será levado a júri popular, onde a sociedade poderá deliberar sobre a culpa de Carlos Eduardo no crime.